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Avó que criou Bruno fala de sua dor pelo envolvimento do neto em crime

19/07/2010 07:33

Ao Fantástico, ela diz que não sabe se acredita na inocência do jogador. Mãe de primo do atleta, também preso, espera que tudo seja esclarecido.

O drama do goleiro Bruno Souza, envolvendo seu nome no desaparecimento de Eliza Samudio, atormenta a avó que criou o jogador desde menino, quando era obcecado por futebol, esporte que o transformou em ídolo da torcida rubro-negro.

Em entrevista ao Fantástico, ela fala de sua preocupação com o neto. Ela recebeu a equipe em sua casa, mas pediu para não mostrar o rosto.

Ao ser perguntada se acredita na inocência de Bruno, ela responde, comovida: “Pra falar, eu não sei, né? Quem somos nós para julgar. Entrego na mão de Deus. Primeiro em Deus, depois à Justiça, porque maior que aquele lá de cima não tem”, diz, como se fizesse um apelo para que o pesadelo passe logo.

Depois de desfrutar de fama e muito dinheiro o ex-camisa 1 do Flamengo foi preso e levado para o presídio de segurança máxima, Nelson Hungria, em Contagem, na Grande Belo Horizonte. Bem diferente da vida luxuosa que levava até pouco tempo.

A avó lembra a paixão do goleiro pelo futebol, desde criança. “O Bruno eu criei desde os três dias de nascido. Ele abandonou e trocou a escola pelo futebol quando ainda estava no 1º grau. Tinha essa mania de jogar. Desde novinho que ele gostava de jogar”, conta ela, revelando que o atleta driblava até a criação severa da avó.

“Dava muito nele por causa desse negócio. Depois deixei pra lá. Falei: ‘ah, é isso mesmo que ele quer? Então deixa.’ Aí foi crescendo, né?”, afirma.

De casa humilde ao luxo das mansões
A reportagem mostra a casa em que o jogador passou boa parte da infância, em Ribeirão das Neves, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Em poucos anos o garoto da favela virou ídolo do Flamengo. Apesar da distância, o goleiro nunca abandonou a família. Para os mais próximos, viver ao lado de Bruno era a chance de também mudar de vida.

Foi o caso de Sérgio Rosa Sales, que aos 18 anos, deixou os pais e foi viver com o primo famoso, no Rio de Janeiro. Quem conta é a mãe de Sérgio, Ângela Maria Rosa Sales.

“Trabalhava pro Bruno, entendeu? Ficava com o Bruno mais trabalhando, saía na rua, limpava os carros, fazia esses serviços de rua pra ele. Então, é o que eu falo: o Bruno pra ele não é primo não, é um pai”, diz Ângela.

Foram cinco anos ao lado de Bruno até que Sérgio começou a se desentender com Macarrão – Luiz Henrique Ferreira Romão, apontado como melhor amigo do goleiro. O primo do jogador acabou voltando para a casa dos pais em Minas Gerais. O motivo?

“Ciúme, né? Aí, depois desses cinco anos veio outro pra ficar junto com o Bruno. Ele ficou enciumado”, revela a mãe. Hoje, Sérgio está preso na mesma unidade de segurança máxima, o Nelson Hungria, também suspeito de participar do crime.

“Eu espero que este trem acabe logo, que a gente não está aguentando mais. Ou que descubram a verdade. Se tem verdade ou se não tem, que dê um jeito de acabar com isso. É muita dor pra gente que é mãe”, pede Ângela.

A avó de Bruno faz coro. “Minha vida está acabando com isso. Eu fico pensando onde é que eles estão, se estão comendo, se estão no frio... Nisso tudo a gente pensa”.

Fonte: https://g1.globo.com/brasil/noticia/

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